banner-depressao-profunda-transtorno-depressivo-maior

Depressão Profunda: Conheça o Transtorno Depressivo Maior

O quadro depressivo é um transtorno caracterizado, majoritariamente, por uma grande tristeza, sensação de desespero, humor deprimido, perda de motivação, diminuição da sensação de prazer, distúrbios alimentares e do sono, pensamentos mórbidos e sensação de não ter nenhum valor como indivíduo. 

No campo médico, o termo “depressão maior” é comumente usado para se referir a essa doença, que geralmente se manifesta como períodos de depressão que podem durar de semanas, até meses ou anos. Quando o termo “depressão” é citado isoladamente, geralmente se refere à depressão maior, importante ressaltar que neste contexto o termo “maior” não é usado para indicar gravidade pois a “depressão maior” pode ser leve, moderada ou grave, no último caso, a depressão pode resultar em suicídio. O DSM-IV utiliza o termo depressão maior e o DSM-5, transtorno depressivo maior. 

 

Como é a depressão maior? 

Para que um episódio seja caracterizado como depressivo maior, ele necessariamente deve incluir o humor deprimido ou uma perda de interesse acentuada combinada com outros sintomas, já o transtorno depressivo maior, é caracterizado por um ou mais episódios depressivos maiores. 

Leia sobre o que é depressão e os principais sintomas

 

Para que seja reconhecido, os sintomas devem estar presente por todos os dias, ou mesmo quase todos, por um período de pelo menos duas semanas. 

As respostas à perda significativa, como luto, ruína financeira, perda de desastre natural, doença grave ou deficiência, podem incluir sentimentos de tristeza intensa, insônia, falta de apetite e perda de peso, que podem soar como um episódio depressivo. 

Contudo, embora esses sintomas possam ser compreensíveis ou considerados apropriados em relação à perda, a presença de um episódio depressivo maior, além da resposta normal à perda significativa, também deve ser considerada com cuidado 

 

O diagnóstico da depressão maior

Para realizar o diagnóstico, é levado em consideração o impacto na vida do paciente, tanto na parte emocional quanto em sua rotina diária e nas relações interpessoais (família, amigos e colegas de trabalho). 

É importante lembrar que mesmo que existam todas as características, o diagnóstico não poderá ser de transtorno depressivo maior caso os sintomas tenham origem a partir do uso de substâncias, de alguma condição médica geral ou mesmo em casos de um recente luto por um ente querido. 

Alguns episódios depressivos maiores têm um caráter particular, mas não por conta de seus sintomas, mas pelo período de início do transtorno, como por exemplo a depressão sazonal e a depressão pós-parto. 

 

Depressão Sazonal 

A depressão sazonal, também chamada de Transtorno Afetivo Sazonal (TAS), é um estado depressivo maior ligado à mudança das estações e mais precisamente à falta de luz natural. Para falar de depressão verdadeira, esse transtorno deve aparecer todos os anos durante o período escuro (outono / inverno) e por pelo menos dois anos consecutivos. 

A depressão sazonal deve ser distinguida do “winter blues” do inverno. Este último é um distúrbio sazonal temporário com sintomas leves: perda de tônus, desejo por doces, alterações simples de humor; quanto à depressão sazonal, os sintomas são mais graves e podem ser comparados para alguns à depressão “convencional”. 

O Dr. Norman E. Rosenthal, psiquiatra e pesquisador do Instituto Nacional de Saúde Mental, foi o primeiro a demonstrar, ainda em 1984, a ligação entre a luz e os vários distúrbios que ocorrem durante o inverno. De acordo com sua pesquisa, a depressão sazonal é consequência de mudanças hormonais induzidas pela diminuição da luz: 

 

  • Aumento anormal na produção de melatonina, hormônio do sono, durante o dia. O relógio biológico interno que regula o ciclo de vigília/sono está “fora de serviço”. 
  • Diminuição da produção da serotonina, o hormônio do bem-estar. Este neurotransmissor permite, entre outras coisas, a regulação do humor, do sono, de comportamento alimentar e emocional, perturbando a pessoa ao longo do dia. 

 

Alguns sintomas comuns: 

 

  • Transtornos do humor (irritabilidade, alterações de humor); 
  • Fadiga crônica e sonolência; 
  • Perda de interesse em suas atividades; 
  • Perda de energia; 
  • Falta de concentração; 
  • Dificuldade em tomar decisões; 
  • Estresse significativo; 
  • Distúrbios do sono (insônia); 
  • Libido diminuída; 
  • Tristeza; 
  • Retirada e isolamento; 
  • Apetite doce e ganho de peso; 
  • Desvalorização; 
  • Pensamentos negros ou suicidas. 

 

Depressão pós-parto 

Durante a maternidade, a mulher tem um turbilhão de emoções. Isso ocorre por causa dos hormônios, que aumentam durante a gestação e caem depois do parto. É comum que todos esses sentimentos se misturem e a mãe acabe desenvolvendo um quadro de depressão pós-parto (DPP) ou baby blues. 

Mas o que são esses dois quadros? O que diferencia um do outro? Eu já escrevi um artigo falando mais sobre esses dois quadros: leia sobre a depressão pós-parto. 

 

Lembre-se, o diagnóstico necessita do julgamento clínico baseado na história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão de sofrimento no contexto da perda, então somente um profissional qualificado pode avaliar cada quadro e direcionar o tratamento com psicoterapias, como a psicanálise. 

 

Se conhecer uma mulher passando por uma gestação difícil e quiser ajudá-la, entre em contato comigo.

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Acompanhe as redes sociais:

Você pode se interessar em ler:

Entender e aceitar a realidade é o primeiro passo da mudança. posso te ajudar a fazer isso