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Bipolaridade tipo 1: o que é?

transtorno bipolar provoca mudanças bruscas e intensas de humor, afeta o pensamento e o comportamento do paciente. O humor alterna frequentemente entre episódios depressivos e maníacos, intercalando-os com períodos amenos, todos sem que o paciente consiga controlar as alternâncias.  

Não existe apenas um tipo de bipolaridade, os mais comuns são os chamados “tipo 1” e “tipo 2”, que se diferenciam por sintomas específicos. Contudo, o transtorno também apresenta algumas características presentes em todos os tipos, você pode ler mais afundo no meu artigo os sintomas da bipolaridade. 

Hoje, vou falar mais especificamente sobre o transtorno bipolar tipo 1. 

 

O transtorno bipolar tipo 1 

O tipo 1 da bipolaridade é representado por períodos de estados emocionais bastante intensos e distintos, completamente fora do que é comum na vida do paciente, são os chamados “episódios”.  Essa variação é dominada por episódios maníacos, ou mistos, seguidos ou não de episódios depressivos maiores, e é pontuada por períodos sem sintomas relevantes. 

 

O episódio maníaco 

Durante os episódios de mania, os pacientes afetados pelo transtorno dipolar tipo 1 apresentam, principalmente, uma grande sensação de potência, uma necessidade de liberdade sem limites, um grande “desejo de viver a vida plenamente”, quando encontram os limites da realidade ou quando alguém os impede de viverem desta forma, é comum a irritabilidade, níveis de raiva fora do comum e comportamento hiperativo-agressivo. Vários sintomas se manifestam de forma pronunciada por um distúrbio de funcionamento socioprofissional e afetando também as faculdades cognitivas. 

Durante a mania, a pessoa pode apresentar outros sintomas: 

 

  • Hiperatividade: como se o paciente sofresse um aumento da atividade, um impulso que o enche de energia, quase como se fosse ilimitada e o deixa em estado além da excitação; 
  • Logorreia: quando o paciente está falante, fala mais rápido e mais alto do que o normal. O falatório é incansável pois a pessoa tem a necessidade irresistível de falar bastante; 
  • Necessidade menor de sono: o tempo de sono fica bem reduzido e não é, relevantemente, restaurador. Alguns quadros apresentam insônia e dificuldade de acordar à noite ou cedo na manhã seguinte, outros quadros são afetados pela hipersonia: eles dormem bem mais do que o normal; 
  • Fuga de ideias: pensamentos acelerados ou com o fluxo descontrolado. O paciente transita de uma ideia a outra sem conectá-las de forma coerente. Assim, ele se perde em suas ideias frequentemente; 
  • Ideias de grandeza: o paciente demonstra uma visão, muitas vezes exagerada, bastante exagerada de sua própria importância. A autoestima é excessiva, poderosa ou invencível;  
  • Comportamentos de risco: falta de julgamento racional que deixa incapaz de pensar antes de agir e acaba apresentando ações contrárias aos próprios valores morais, muitas vezes transgredindo as proibições sociais. Pode ser em formas hipersexuais ou em promiscuidades com diversos parceiros sem preservativos, expondo-se a infecções sexualmente transmissíveis; 
  • Sintomas psicóticos: uma ruptura com a realidade com delírios, alucinando visual ou auditivamente. 

 

O episódio depressivo 

Durante a depressão maior do transtorno bipolar 1, a pessoa é atingida por uma depressão intensa que afeta sua vida diária. Os principais sintomas são: 

 

  • Estado deprimido: manifesta uma tristeza persistente sem motivo aparente que segue a maior parte do dia do paciente, com sensações de desesperança, vazio e inutilidade. O humor se mantém constantemente elevado, irritado ou expansivo e é marcado por instabilidade emocional com irritabilidade e, até mesmo agressão; 
  • Perda completa de interesse em todas, ou na maioria, das atividades que achava prazerosas, por conta de uma redução na libido; 
  • Mudanças nos hábitos alimentares, podendo apresentar tanto uma diminuição quanto um aumento no apetite. O paciente tem perda de peso mesmo se não estiver fazendo dieta ou ganhar de peso rapidamente; 
  • Fadiga: falta energia e motivação; 
  • Apatia ou inquietação em alguns pacientes, há uma desaceleração psicomotora; outros, por outro lado, estão muito agitados; 
  • Dificuldade de manter a concentração ou de tomar decisões devida à uma redução na capacidade de pensar.  
  • Pensamentos suicidas: buscas pela morte são recorrentes nos casos mais graves. O maior risco do episódio depressivo é a passagem para o ato suicida.  

 Leia mais sobre a depressão maior e sobre a depressão suicida

 

Como ajuda alguém com transtorno bipolar tipo 1? 

 

  • Evite discutir com a pessoa bipolar. Isso pode desencadear uma nova crise ou, em caso de já estar numa crise, intensificar ainda mais as emoções; 
  • Tenha calma ao falar e saiba mensurar seu tom de voz, isso ajuda a pessoa a não ficar impulsiva; 
  • Procure ser positivo, em episódios depressivos principalmente; 
  • Não faça com que o bipolar seja uma vítima da situação, não a trate como incapaz, facilitando as coisas para ela. Se mostrar disponível e incentivá-la ajuda bastante; 
  • Não julgue a condição bipolar. Seu preconceito não reflete a realidade sobre o quadro; 
  • Preste atenção ao que a pessoa lhe falar. Normalmente, eles costumam fazer o que dizem. 

 

E lembre-se, o transtorno bipolar tipo 1 tem formas de controle e de tratamento. Procure um especialista de saúde mental para avaliar o quadro e recomendar o melhor tratamento, geralmente, pacientes bipolares são tratamento com medicação e psicoterapias, que juntos são mais efetivos contra o transtorno bipolar. 

 

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