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Depressão: como tratar os sintomas

Muitas pessoas têm dificuldade de aceitarem o diagnóstico do quadro depressivo, é como se elas não fossem compreendidas por ninguém ao redor delas. E algumas tentativas bem-intencionadas de ajudar acabam tendo o efeito contrário, frases como “controle-se” e “anime-se, vai ficar tudo bem” não ajudam a pessoa de fato. 

Os sinais de depressão chegam do nada e sem motivo aparente, é comum que as pessoas se sintam culpadas por estar tudo bem e elas estarem mal. Algumas doenças físicas (como o hipotireoidismo), certos medicamentos (como pílulas e antibióticos) e o consumo de álcool ou drogas podem desencadear a depressão. Se as condições da vida forem estressantes ou drásticas, pode se somar a outros fatores e “transbordar o barril”. 

 

Ninguém é culpado por ter depressão 

É algo óbvio, mas que precisa ser repetido. Esta doença pode atingir qualquer um, o risco de desenvolver varia de acordo com os gatilhos que cada um apresentar. O apoio de outras pessoas (como do psicoterapeuta) é um diferencial, muito relevante, que ajuda a descobrir os gatilhos que geraram o quadro ou quais áreas da vida mantém a depressão “ativa” no psicológico. 

 
Antes de tratar a depressão 

Para buscar o tratamento correto, é importante entender corretamente o problema. A depressão possui diferentes níveis, entendê-los também pode mudar a forma com que você oferece ajuda para quem está acometido. Os níveis são: 

 

Depressão leve  

Costuma apresentar dois sintomas principais e dois adicionais. É possível ocorrer uma melhora sem tratamento, mas você deve se consultar com um profissional especialista.  

Por exemplo, um psicoterapeuta pode analisar se seus sintomas mudam e como eles mudam. Caso seu quadro se mantenha inalterado em duas semanas, ou até mesmo se você apresentar um agravamento, o especialista deve propor algumas discussões para explicar o caso para te educar sobre a doença, direcionar alguns tratamentos ou uma autoajuda guiada. Existem algumas outras possibilidades que o especialista pode  sugerir logo no início do quadro leve. 

 

Depressão moderadamente grave 

É comum haver dois sintomas principais e três, ou quatro, sintomas adicionais. Aqui, já é recomendado buscar um especialista logo de início para que ele avalie seu quadro e recomende um tratamento adequado para seu quadro. 

 

Depressão grave ou de longa duração 

Neste nível podemos ver três sintomas principais e pelo menos quatro outros sintomas adicionais. É essencial se consultar com um especialista em saúde mental para avaliar o quadro e, se for necessário, a necessidade de uma frequência maior de sessões de terapia. 
Caso não demonstre melhoras e comece a ter pensamentos suicidas ou tendências psicóticas, pode ser necessária uma internação, sujeita a avaliação psiquiátrica. 

Entenda quais são os principais sintomas da depressão

 

Como tratar a depressão? 

O tratamento vai variar em cada caso, de acordo com a gravidade dos sintomas e com a origem dos sintomas e o profissional ainda leva em consideração as preferências e necessidade do paciente 

Uma das principais recomendações para tratamento da depressão, em todas as faixas etárias, é a psicoterapia, principalmente para as formas mais brandas da doença. 

 

Quer entender mais sobre psicoterapias? Leia meu outro artigo: Psicoterapias- o que elas realmente são? 

 

Terapia psicanalítica para tratar depressão 

A psicanálise é, em sua essência, um processo no qual abordamos o inconsciente dos pacientes tornando possível tratar os distúrbios psíquicos, em particular de ordem neurótica. O estudo dos sonhos, gracejos, deslizes, também são parte integrante da investigação dos processos psíquicos inconscientes que estão trabalhados em nós e que são responsáveis ​​por nosso comportamento. 

 

A análise tradicional 

O tratamento analítico decorre da compreensão de informações que muitas vezes o inconsciente bloqueia para proteção do paciente e é esse entendimento, junto de aceitação e superação, que proporcionam o alívio do sofrimento e dos entraves psicológicos. 

Com a depressão, o tratamento analítico pode buscar recuperar ou liberar algumas capacidades reduzidas ou “inativadas” devido à doença. A recuperação da própria história, a identificação dos elementos desencadeadores ou agravantes do quadro, os conflitos inconscientes, todos são pontos importantes para trabalhar as dificuldades físicas ou o sofrimento do paciente deprimido. 

A depressão tem como fatores de risco o temperamento, fatores genéticos, experiências traumáticas e relações interpessoais, além de um fator desencadeante. Todos devem ser cuidadosamente avaliados pelo terapeuta para entender como se articulam no paciente deprimido e qual tipo de solução é a mais recomendada. Existem momentos de maior acolhimento e momentos de maior incentivo ao retorno para as atividades, cada caso requer um avaliação individual. 

Para este tipo de tratamento você deve buscar por profissionais psicanalistas com sólida formação. 

 

Existe contraindicação de terapia psicanalítica? 

Não! A única “desvantagem” dessa terapia é que ela costuma durar mais tempo, pois o psicanalista busca compreender o problema paciente em sua origem para superá-lo, entretanto num grande estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos a psicoterapia interpessoal (com fundamentos psicanalíticos) mostrou igual eficácia à terapia cognitivo-comportamental, mas com efeitos mais duradouros

 

Conheça meu trabalho de psicoterapia

Referências: Elkin I. The NIMH treatment of depression collaborative research program: where we began and where we are. In: Bergin AE, Garfield SL, editors. Handbook of psychotherapy and behavior change. 4th ed. New York: John Wiley and Sons; 1994. p.114-39. 

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