Você Conhece os Benefícios da Psicoterapia?
A Psicanálise Contemporânea do Trauma Quando alguém busca reequilibrar o emocional, uma das primeiras soluções cogitadas é a psicoterapia. Mas você sabe como ela funciona
Muitas pessoas têm dificuldade de aceitarem o diagnóstico do quadro depressivo, é como se elas não fossem compreendidas por ninguém ao redor delas. E algumas tentativas bem-intencionadas de ajudar acabam tendo o efeito contrário, frases como “controle-se” e “anime-se, vai ficar tudo bem” não ajudam a pessoa de fato.
Os sinais de depressão chegam do nada e sem motivo aparente, é comum que as pessoas se sintam culpadas por estar tudo bem e elas estarem mal. Algumas doenças físicas (como o hipotireoidismo), certos medicamentos (como pílulas e antibióticos) e o consumo de álcool ou drogas podem desencadear a depressão. Se as condições da vida forem estressantes ou drásticas, pode se somar a outros fatores e “transbordar o barril”.
É algo óbvio, mas que precisa ser repetido. Esta doença pode atingir qualquer um, o risco de desenvolver varia de acordo com os gatilhos que cada um apresentar. O apoio de outras pessoas (como do psicoterapeuta) é um diferencial, muito relevante, que ajuda a descobrir os gatilhos que geraram o quadro ou quais áreas da vida mantém a depressão “ativa” no psicológico.
Para buscar o tratamento correto, é importante entender corretamente o problema. A depressão possui diferentes níveis, entendê-los também pode mudar a forma com que você oferece ajuda para quem está acometido. Os níveis são:
Costuma apresentar dois sintomas principais e dois adicionais. É possível ocorrer uma melhora sem tratamento, mas você deve se consultar com um profissional especialista.
Por exemplo, um psicoterapeuta pode analisar se seus sintomas mudam e como eles mudam. Caso seu quadro se mantenha inalterado em duas semanas, ou até mesmo se você apresentar um agravamento, o especialista deve propor algumas discussões para explicar o caso para te educar sobre a doença, direcionar alguns tratamentos ou uma autoajuda guiada. Existem algumas outras possibilidades que o especialista pode sugerir logo no início do quadro leve.
É comum haver dois sintomas principais e três, ou quatro, sintomas adicionais. Aqui, já é recomendado buscar um especialista logo de início para que ele avalie seu quadro e recomende um tratamento adequado para seu quadro.
Neste nível podemos ver três sintomas principais e pelo menos quatro outros sintomas adicionais. É essencial se consultar com um especialista em saúde mental para avaliar o quadro e, se for necessário, a necessidade de uma frequência maior de sessões de terapia.
Caso não demonstre melhoras e comece a ter pensamentos suicidas ou tendências psicóticas, pode ser necessária uma internação, sujeita a avaliação psiquiátrica.
Entenda quais são os principais sintomas da depressão
O tratamento vai variar em cada caso, de acordo com a gravidade dos sintomas e com a origem dos sintomas e o profissional ainda leva em consideração as preferências e necessidade do paciente.
Uma das principais recomendações para tratamento da depressão, em todas as faixas etárias, é a psicoterapia, principalmente para as formas mais brandas da doença.
Quer entender mais sobre psicoterapias? Leia meu outro artigo: Psicoterapias- o que elas realmente são?
A psicanálise é, em sua essência, um processo no qual abordamos o inconsciente dos pacientes tornando possível tratar os distúrbios psíquicos, em particular de ordem neurótica. O estudo dos sonhos, gracejos, deslizes, também são parte integrante da investigação dos processos psíquicos inconscientes que estão trabalhados em nós e que são responsáveis por nosso comportamento.
O tratamento analítico decorre da compreensão de informações que muitas vezes o inconsciente bloqueia para proteção do paciente e é esse entendimento, junto de aceitação e superação, que proporcionam o alívio do sofrimento e dos entraves psicológicos.
Com a depressão, o tratamento analítico pode buscar recuperar ou liberar algumas capacidades reduzidas ou “inativadas” devido à doença. A recuperação da própria história, a identificação dos elementos desencadeadores ou agravantes do quadro, os conflitos inconscientes, todos são pontos importantes para trabalhar as dificuldades físicas ou o sofrimento do paciente deprimido.
A depressão tem como fatores de risco o temperamento, fatores genéticos, experiências traumáticas e relações interpessoais, além de um fator desencadeante. Todos devem ser cuidadosamente avaliados pelo terapeuta para entender como se articulam no paciente deprimido e qual tipo de solução é a mais recomendada. Existem momentos de maior acolhimento e momentos de maior incentivo ao retorno para as atividades, cada caso requer um avaliação individual.
Para este tipo de tratamento você deve buscar por profissionais psicanalistas com sólida formação.
Não! A única “desvantagem” dessa terapia é que ela costuma durar mais tempo, pois o psicanalista busca compreender o problema paciente em sua origem para superá-lo, entretanto num grande estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos a psicoterapia interpessoal (com fundamentos psicanalíticos) mostrou igual eficácia à terapia cognitivo-comportamental, mas com efeitos mais duradouros
Referências: Elkin I. The NIMH treatment of depression collaborative research program: where we began and where we are. In: Bergin AE, Garfield SL, editors. Handbook of psychotherapy and behavior change. 4th ed. New York: John Wiley and Sons; 1994. p.114-39.
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