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Depressão Bipolar: o Humor no Centro de Tudo

Todos nós temos mudanças de humor, às vezes você se sente enérgico, cheio de ideias ou irritado enquanto em outras vezes, você se sente triste ou deprimido. Mas esses estados de espírito não costumam durar muito, e a pessoa volta aos seus afazeres diários. A depressão e o transtorno bipolar são duas doenças psicológicas que mudam a maneira como as pessoas se sentem e as impedem de praticar suas atividades cotidianas. 

Como já escrevi sobre os aspectos da depressão em outro artigo, vou contextualizar sobre a bipolaridade. O transtorno bipolar é uma doença mental que, assim como a depressão, afeta o humor, as pessoas que sofrem com bipolaridade passam tanto por episódios de depressão quanto por episódios de euforia/mania. A depressão na bipolaridade se assemelha a outros tipos de depressão e a mania é um humor excepcionalmente alto no qual as pessoas podem sentir que seus pensamentos estão acelerados e superativos podendo se sentir confiantes, felizes ou irrealisticamente muito poderosos. Muitos pacientes bipolares dormem pouco quando passam por um episódio de mania e eles podem agir sem pensar, assumindo riscos que normalmente não assumiriam. 

” O transtorno bipolar é marcado pela alternância entre episódios de depressão e de euforia; as crises podem variar em intensidade, frequência e duração.”, descreve o Dr. Drauzio Varella. 

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O que provoca a depressão bipolar? 

 

De início, é importante que um profissional capacitado avalie se a depressão foi iniciada ou não por um episódio maníaco. Quando este episódio maníaco for claro, o diagnóstico se torna mais fácil: é o tipo I do transtorno bipolar. No entanto, no transtorno bipolar tipo II, a fase maníaca não ocorre, mas apenas uma fase hipomaníaca, ou seja, são sintomas de agitação, impaciência, energia em excesso, mas num nível bem maior e que o sujeito não perde os limites e consequências realistas de suas ações, confundido o diagnóstico. 

Por fim, as vezes o estado de depressão está associado ao estado de excitação. Nesse caso, considera-se o diagnóstico de estado misto ou depressão mista. 

 

Para entender melhor a depressão bipolar, também é importante identificar os gatilhos que a ativam. Por exemplo: 

  • Situações estressantes; 
  • O ritmo de vida ser alterado abruptamente; 
  • Eventos dolorosos, como perda de entes queridos. 

Mas, uma característica da depressão bipolar é a sua evolução espontânea, pelo menos após a ocorrência de vários episódios. Ou seja, os episódios de depressão podem acabar surgindo sem fator desencadeante. 

 

Como diferencia uma depressão unipolar de uma depressão bipolar? 

A depressão bipolar possui algumas características clínicas que distinguem uma depressão unipolar: 

  • Aparecimento do quadro mais cedo; 
  • Sintomas psicóticos associados; 
  • Hipersonia em vez de insônia, que é mais comum na depressão unipolar; 
  • Aumento do apetite com forte interesse em doces; 
  • Desaceleração motora, os movimentos ficam mais lentos; 
  • Desaceleração do pensamento; 
  • A pessoa sente menos emoção como se seus sentimentos estivessem entorpecidos; 
  • Surgimento matinal dos sintomas com dificuldade de início e alívio ao final do dia; 
  • Reatividade a antidepressivos com risco de reversão, mas também aumento da ansiedade e aparecimento de irritabilidade. 

 

Sinais de alerta da depressão bipolar 

Durante a análise realizada por um psicólogo ou psiquiatra, é comum que ele busque fatos na vida do paciente que muitas vezes passam despercebidos, mas que podem ser gatilhos da doença, por exemplo: 

  • Buscar histórico familiar de transtorno bipolar; 
  • Procurar períodos de excitação na vida da pessoa que muitas vezes passam despercebidos; 
  • Analisar a existência de transtornos associados como dependências, transtornos de personalidade com instabilidade e impulsividade em primeiro plano; 
  • Investigar episódios de atualização frequentes de depressão. 

 

O tratamento da depressão bipolar 

Assim como em outras doenças psicológicas, o especialista é quem dirá as melhores abordagens para cada caso. É comum que, para tratar a depressão, sejam utilizadas terapias como a psicanálise ​para os quadros leves e antidepressivos para os mais intensos, existem muitas categorias e tipos diferentes desses medicamentos e cada um funciona de maneira um pouco diferente.  

No entanto, os antidepressivos podem não ser a melhor opção para o transtorno bipolar. Embora a medicação possa aliviar alguns sintomas, ela não pode eliminar padrões de pensamento ou crenças que podem levar a problemas de humor, por isso, a terapia se faz importante. 

 

Previna recaídas 

Aprender a reconhecer uma recaída é um passo importante na recuperação, pois ela significa o reaparecimento dos sintomas. Pedir ajuda o mais cedo possível contribui muito para aliviar quaisquer problemas ou desafios. Planos de prevenção de recaída, desenvolvidos quando você estiver bem, são utilizados para descrever sinais de alerta, estratégias de tratamento que funcionaram no passado e atribuem tarefas a pessoas chave que podem apoiá-lo em sua recuperação. Seu plano pode ser um acordo formal com sua equipe de saúde ou um plano informal com seus entes queridos. 

 

Como você pode ajudar contra a depressão bipolar

Há muitas maneiras de ajudar o ente querido diagnosticado com depressão bipolar, a passar por essa jornada, por meio de apoio emocional ou prático. Você também pode ajudar o paciente a ficar atento aos sinais de recaída ou outras dificuldades, o que é uma parte importante da manutenção do bem-estar. 

As pessoas que estão passando por um episódio de depressão podem querer considerar acabar com a própria vida. Se você acredita que um ente querido está em perigo, não hesite em ligar para o número de emergência em sua área. 

 

Algumas formas de demonstrar apoio são: 

 

  • Saiba mais sobre a doença e ouça seu ente querido, para entender pelo que ele passa; 
  • Alguém que está passando por um episódio de depressão pode querer ficar sozinho ou expressar sua frustração, e isso pode prejudicar pessoas próximas. Lembre-se que são apenas sintomas, não se trata de você; 
  • Pergunte ao seu ente querido como você pode ajudar e considere também oferecer ajuda prática nas tarefas diárias. 
  • Certifique-se de que suas expectativas são realistas. A recuperação exige tempo e esforço. 
  • Defina seus próprios limites e fale sobre os comportamentos nos quais você não deseja interferir. 
  • Procure apoio para si mesmo e considere entrar em um grupo de apoio para seus entes queridos. Se os membros da família forem afetados pela doença de um ente querido, considere o aconselhamento familiar. 

 

Caso precise de um profissional de saúde mental, convido você a conhecer meu trabalho de psicoterapia. 

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