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Bipolaridade tem Cura?

Ninguém gosta de ficar transitando constantemente entre extremos do humor, os impactos não só na saúde mental, como também na vida social e profissional, podem ser bastante intensos caso a bipolaridade não seja tratada.  

 

O que é a bipolaridade? 

Antes de buscar entender se bipolaridade tem cura, é importante entender o que é esse transtorno e como ele surge. 

A bipolaridade é um transtorno complexo que afeta cerca de 1% da população adulta, seus sintomas são variáveis ​​e cada quadro pode aparecer de uma forma diferente. Se falamos em “transtornos bipolares”, no plural, é porque existe mais de uma forma, o que contribui para a dificuldade do diagnóstico 

Leia mais sobre o transtorno bipolar. 

 

Alguns tipos são separados não necessariamente por conta da gravidade, mas sim pela intensidade das fases maníacas. Esses transtornos são caracterizados nos pacientes pela alternância de “fases”, maníacas e depressivas. Utilizamos o tipo 1 quando a fase de mania dura cerca de sete dias, e o tipo 2 quando a fase é menos intensa e dura menos tempo. 

Eu explico mais sobre a bipolaridade tipo 1 e tipo 2 em outros artigos. 

 

Se uma pessoa apresentar quatro ou mais episódios em um ano, eles serão chamados de ciclos rápidos. Estes episódios podem ser contíguos (com alternância constante entre depressão e mania/hipomania) ou episódios isolados com um intervalo livre de sintomas. Os episódios podem durar dias ou semanas (o mais comum). Em alguns casos, o humor pode mudar no mesmo dia. 

Conheça os sintomas da bipolaridade 

 

Quais as causas? 

Para entender se bipolaridade tem cura, é preciso saber o que a causa. Contudo, ainda não conhecemos a causa exata da bipolaridade. Especialistas estudam a combinação de vários fatores, e elementos psicológicos, biológicos e sociais podem desencadear o quadro. 

 

Predisposição genética

Existem estudos que avaliam a predisposição hereditária familiar ou vulnerabilidade ao desenvolvimento de transtorno bipolar. Muitos pacientes possuem pelo menos um parente próximo que desenvolveu algum transtorno de humor. A ligação com a doença em parentes de segundo grau ainda não é clara. 

 

Fatores fisiológicos ou bioquímicos

Em pacientes bipolares, foi possível observar alterações em partes do cérebro. O equilíbrio das substâncias químicas responsáveis ​​pela transferência de sinais no cérebro, como dopamina, norepinefrina e serotonina, é alterado.  

Os distúrbios físicos, em alguns casos, também podem desempenhar um papel nesse desregulamento. Por exemplo, doenças que afetam a tireoide, um acidente ou uma lesão cerebral. 

 

Fatores psicológicos

O caráter e a personalidade estão relacionados a gestão do estresse, da perda ou das experiências traumáticas. Esses fatores incluem dificuldade para resolver problemas, falta de autoconfiança e tendência ao perfeccionismo. O risco de desenvolver o transtorno bipolar também é maior em pessoas com depressão recorrente e em mulheres que sofreram de depressão pós-parto. 

Segundo as teorias psicanalíticas, durante a educação na fase infantil, uma relação de amor e ódio pode se desenvolver entre a criança e as figuras paternas, sendo mais perceptível quando a criança se torna independente. A criança deseja atender às expectativas de seus pais, mas ao mesmo tempo se sente frustrada com suas demandas. Assim, o transtorno bipolar pode se referir ao desenvolvimento perturbado do ego, aliado aos demais fatores. 

 

Fatores sociais

Eventos sociais podem desencadear depressão ou mania em certas pessoas sensíveis: um divórcio, as dificuldades financeiras, o nascimento de um filho, a perda de um ente querido, os problemas no trabalho, um amor muito intenso, a negligência ou um abuso durante a infância. Diversos fatores podem ser gatilhos para o surgimento de transtornos, mas isso não significa que você deva parar de viver por medo de desenvolver algo. 

 

Mas, afinal, bipolaridade tem cura? 

Não há cura para o transtorno bipolar, mas a maioria dos pacientes pode esperar um melhor controle de suas alterações de humor e sintomas relacionados. 

O tratamento adequado faz com que a maioria dos pacientes, mesmo aqueles que desenvolvem uma forma grave, tenham um controle melhor sobre essas mudanças de humor. Os planos mais eficazes costumam unir medicação com psicoterapias. 

O professor e psiquiatra francês, Philippe Fossati, diz que não podemos afirmar que seja possível curar sem tratamento, seria uma forma de negação da doença. Mas existem quadros que entram em remissão completa sob tratamento. E depois de anos controlando a doença através de tratamento, pode surgir a opção de interromper o tratamento em definitivo caso ele seja assimilado corretamente pelo paciente. 

Entretanto, é importante ressaltar que alguns pacientes têm recaídas quando param seu tratamento de longo prazo, por acreditar que estão estabilizados e “curados”. De fato, muitas pessoas com transtorno bipolar se sentem livres das mudanças de humor após um tempo de tratamento, mas outras pessoas podem ter sintomas persistentes. 

  

Como buscar ajuda? 

O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde mental que irá avaliar seu quadro e definir o tratamento mais adequado para você. Assim, falar com um psiquiatra ou um psicólogo é o primeiro passo quando desconfiar que você, ou alguém próximo, apresenta o quadro bipolar. 

 

Quando precisar conversar, fique à vontade para entrar em contato para agendarmos uma conversa. 

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