Você Conhece os Benefícios da Psicoterapia?
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Há algum tempo, escrevi artigos falando sobre as crises ansiosas e sobre os sintomas mais presentes em uma crise de ansiedade. Hoje, vou falar sobre um momento relativamente comum das crises ansiosas: os ataques de pânico.
A ansiedade é uma reação normal, que deve preocupar apenas quando não houver justificativas para senti-la. Quando ocorrer, ela passa a ser considerada um transtorno de ansiedade e pode assumir várias formas: ansiedade generalizada, fobia, ataques de pânico, hipocondria, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), entre outras.
Todos podem experimentar a ansiedade, estar levemente ansioso é completamente normal e na verdade muito adaptativo. A ansiedade é sentida como um medo de difícil identificação, e esse medo é uma reação de proteção que nos ajuda a lidar com situações preocupantes ou perigosas. O problema é quando este medo aparece de forma tão intensa e súbita que a pessoa não consegue mais continuar suas atividades, no caso do ataque de pânico o sujeito tem a crença que irá morrer.
Entenda mais no artigo Síndromes ansiosas
De acordo com a classificação CID-10 de transtornos mentais, os ataques de pânico são compreendidos como ataques repentinos de ansiedade acompanhados de sintomas físicos. Esta é umas das formas que as síndromes ansiosas podem surgir, se caracterizando como um ataque agudo de ansiedade que surge repentinamente e pode durar de alguns minutos até algumas horas.
O Prof. Pierre-Michel Llorca explica que a ansiedade é um estado de hiperatividade que aumenta seu desempenho e te deixa mais atento para reagir. Mas que nos ataques de ansiedade, os sintomas se tornam avassaladores e não ajudam mais a manter um estado de alerta, a excitação se torna tão incontrolável que atrapalha o paciente.
Especialistas estimam que 21 em cada 100 pessoas irão passar por ataques de pânico em algum momento, e 1 em cada 100 desenvolverão o transtorno recorrente. A faixa que apresentar maior frequência de ataque são os jovens adultos, na faixa de 15 e 45 anos.
A ansiedade e o ataque de pânico têm sintomas parecidos, ambos envolvem angústias e medos acompanhados de sintomas físicos e emocionais. Contudo, um transtorno do pânico surge de forma repentina e provoca um medo intenso, de morrer ou enlouquecer, e uma sensação de perigo imediato. E assim como nas outras síndromes ansiosas, é comum que a pessoa apresente:
Os sintomas físicos mais comuns que acompanham o ataque de pânico são palpitações, suores, tremores, dores no peito, e acabam alimentando a crise, piorando o medo sentido pela pessoa que sente que está tendo cada vez menos controle sobre si mesma. Muitas pessoas que passas por um ataque sentem o pulso intensamente, tremem ou ficam com a boca seca. É comum que os pacientes acabem desenvolvendo pensamentos catastróficos que intensificam o medo devido a uma interpretação ruim desses sintomas físicos, pensando que estão sofrendo um infarto, sufocamento ou que estão prestes a desmaiar. A gravidade varia em cada caso, mas por perceberem o quadro como graves e exaustivo, muitos ansiosos ficam exaustos após vivenciar o pânico; e o medo constante de um novo ataque mantém a pessoa ansiosa em alerta, prejudicando ações de seu cotidiano, como dormir.
Os especialistas estudam se os ataques de pânico noturnos também são provocados por situações que os afetados considerem ameaçadoras. Ou seja, se poderia acontecer conscientemente durante o dia e inconscientemente à noite por conta de sonhos.
Leia sobre os sintomas ansiosas
O ataque de pânico costuma ocorrer poucas vezes, de forma única ou esporádica. Contudo, algumas pessoas sofrem ataques ansiosos intensos que impactam sua vida de forma tão intensa quanto, nesses casos os especialistas chamam de transtorno do pânico (ou síndrome do pânico). Depois de sofrer um ataque, é possível desenvolver uma ansiedade antecipatória por conta do medo de vivê-lo novamente. E esse medo de que a crise reapareça em um local aleatório, ou em horários inoportunos, provoca um declínio na qualidade de vida do ansioso.
Alguns transtornos psicológicos, como agorafobia e depressão, podem aparecer como consequência da repetição dos ataques de pânico. O medo de sofrer uma crise em um lugar público sem receber ajuda pode provocar o medo de sair, de estar próximo a estranhos ou mesmo de participar de atividades sociais e profissionais.
O risco de depressão, pensamentos suicidas, ação suicida, abuso de drogas ou álcool aumenta conforme os ataques de pânico se tornam mais frequentes.
O transtorno do pânico é diagnosticado a partir de um estudo sobre o paciente que esteja experimentando ataques de pânico repetidos, inesperados e sem gatilhos óbvios. O profissional em saúde mental considera transtorno qual o paciente apresenta, por pelo menos um mês, sinais como:
A ocorrência de um ataque de pânico está associada ao ambiente que a pessoa está inserida, então a primeira coisa a se fazer quando ocorrer é descansar em um lugar tranquilo, longe da agitação. Pierre-Michel acrescenta que o paciente também poderá aprender técnicas de respiração como forma de controlar a ansiedade e reagir às crises. Caso esteja presenciando uma crise de pânico, tente reassegurar a pessoa de que ela é passageira, e procure retirar seu foco no próprio corpo e sintomas, desviando a atenção para o ambiente externo, pergunte, por exemplo, quantos objetos ela consegue ver, quantos sons consegue ouvir etc, esse redirecionamento da atenção ajuda muito nos momentos de crise.
Leia mais no artigo Tratamento da ansiedade
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