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Conheça os sintomas da bipolaridade

A bipolaridade é um transtorno do humor caracterizado por períodos em que as emoções ficam extremamente altas (a mania) ou extremamente baixas (a depressão), mas há momentos em que o humor se mantém estável e normal. 

Geralmente, o transtorno tem início na adolescência e no começo da fase adulta. São raros os casos de crianças bipolares que não apresentam histórico familiar, nem em pessoas com mais de 60 anos exceto em casos que se associa a outras doenças. O transtorno bipolar impacta cerca de 1% dos adultos, mulheres e homens são afetados igualmente pelos sintomas da bipolaridade. 

Eu explico a bipolaridade em detalhes em outro artigo: Transtorno bipolar. 

 

As causas dos sintomas da bipolaridade 

A bipolaridade não é identificada como um transtorno de causa única, estudiosos pesquisam se ela seria provocada por anormalidades nas funções cerebrais ou na comunicação das células nervosas presentes no cérebro. Profissionais e pesquisadores de saúde mental, acreditam que possa existir uma ligação genética (o histórico familiar): pessoas que tiverem irmãos que desenvolveram o transtorno, terão maiores chances de desenvolver também. 

A influência dos fatores psicossociais é profundamente estudada pois acredita-se que os fatores psicossociais tenham influência sobre o desencadeamento da doença e, às vezes, pelo seu início, seja ele por ansiedade, estresse, trauma, luto, separação etc. 

Independente da causa exata, o transtorno bipolar claramente afeta os pacientes tornando-os mais vulneráveis aos estresses físico e emocionais do cotidiano. Os eventos de mudanças na vida, os vícios (álcool, drogas), mudanças do sono e outras fontes de estresse, serão grandes desencadeadores dos ataques, mesmo que não sejam necessariamente impactantes. 

O paciente bipolar não controla sua condição, as emoções são instáveis e intensas. Cada caso tem suas particularidades, mas todos podem ser tratadas com um conjunto de medicamentos e psicoterapias. 

 

Os sintomas nos diferentes quadros bipolares 

Segundo o DSM V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), existem diferentes graus de gravidade do transtorno: 

 

A bipolaridade do tipo 1: é a forma mais séria, definida pelo aparecimento de pelo menos 1 episódio maníaco que perturba a vida socioprofissional e muitas vezes envolvem internação. Alucinações podem se tornar parte do quadro clínico.   

A bipolaridade tipo 2: é caracterizada pela presença de, pelo menos, um episódio hipomaníaco e um episódio depressivoHipomaníaco, pois a intensidade é menor que a euforia encontrada no transtorno bipolar tipo 1 e a qualidade de vida e da integração socioprofissional dos pacientes geralmente são preservadas. A hospitalização é comumente evitada. 

 

O transtorno bipolar sem outra especificação no qual a pessoa atende à maioria dos critérios para transtorno bipolar, mas não todos (um episódio de duração mais curta ou episódios de hipomania apenas); 

 

Transtorno ciclotímico: a pessoa apresenta episódios recorrentes de hipomania e sintomas de depressão leve durante a maior parte dos dias num período de 2 anos ou mais. 

 

Bipolaridade: Sintomas principais 

A dra. Clara Brichant-Petitjean, psiquiatra liberal em Paris, explica que o transtorno pode comprometer a qualidade de vida do paciente: “Costuma apresentar muitas comorbidades que podem complicar o diagnóstico como transtornos de ansiedade e dependência. Não é incomum que o alcoolismo agrave um transtorno bipolar subjacente, por exemplo”. 

O transtorno bipolar é uma condição que afeta o humor de uma pessoa mudando-o em ciclos que duram de semanas até meses, a oscilação vai de um humor que pode atingir picos extremamente altos e irritáveis ou extremamente baixos e desesperançosos. A natureza dos transtornos de humor varia em cada caso, mas o quadro bipolar inclui mania e depressão: 

 

Mania 

  • euforia; 
  • autoestima superelevada e, às vezes, megalomaníacas; 
  • uma necessidade reduzida de sono; 
  • verbalização excessiva, geralmente rápida e em alto volume; 
  • ideias confusas e um pensamento acelerado; 
  • de transtornos de atenção e concentração; 
  • hiperatividade que pode resultar em superinvestimento social, profissional, educacional, financeiro, esportivo ou mesmo sexual. Também pode levar à agitação e aumento da atividade do paciente (no entanto, isso pode ser inútil e improdutivo);  
  • comportamentos de risco, ou exagerados, não são incomuns: compras compulsivas, excesso de velocidade, sexo desprotegido ou múltiplo, atos violentos ou mesmo criminosos etc.; 

 

Um episódio de mania também pode incluir sintomas psicóticos, como delírios (acreditar firmemente que certas coisas são verdadeiras quando não são) ou alucinações (ouvir, sentir ou ver coisas que não existem). 

 

Depressivo

Durante um episódio depressivo, o paciente experimenta tristeza e perda do interesse por coisas que apreciava anteriormente. Pelo menos 5 dos seguintes sintomas costumam persistir por pelo menos 2 semanas e deterioram clinicamente o funcionamento social ou ocupacional: 

 

  • insônia (distúrbio do sono) ou sono excessivo; 
  • uma queda no humor; 
  • perda ou ganho de peso; 
  • diminuição do interesse em atividades agradáveis; 
  • fadiga severa ou perda de energia; 
  • dificuldade de concentração ou tomada de decisões; 
  • a sensação de estar em câmera lenta ou, ao contrário, de estar muito agitado para ficar parado; 
  • sentimentos de inutilidade ou culpa, ou autoestima muito baixa; 
  • pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. 

 

Um episódio depressivo também pode apresentar ansiedade intensa, preocupação excessiva e outros sintomas físicos, além de sintomas psicóticos, como delírios e alucinações. Os episódios mistos que envolvem sintomas de mania e depressão ao mesmo tempo alternam-se frequentemente no mesmo dia. 

Entenda mais no artigo sobre depressão atípica 

 

Os episódios mistos são aqueles com maior risco de suicídio, cerca de 25% a 50% das pessoas com transtorno bipolar têm probabilidade de cometer suicídio. Leia meu artigo que fala sobre depressão e suicídio e como ajudar.

 

Caso o paciente não receba ajuda especializada, o quadro pode evoluir para um nível mais intenso e grave. 

 

Dicas para prevenção 

Não há como prevenir o aparecimento do transtorno. Mas, conhecendo os sintomas da bipolaridade, você pode identificar a doença mais facilmente, e se torna possível controlar o aparecimento de alguns sintomas a partir de um estilo de vida saudável: 

  • durma o suficiente; 
  • seguir um ritmo de vida regular; 
  • não beber álcool; 
  • não usar drogas; 
  • evite fumar; 
  • praticar uma atividade esportiva; 
  • adotar uma alimentação saudável e balanceada; 
  • não tome medicamentos (especialmente antidepressivos) sem orientação médica; 
  • limitar estressores; 
  • siga tratamentos prescritos e faça terapia para prevenir a recorrência. 

 

E quando quiser consultar um especialista em psicoterapias, fique a vontade para entrar em contato comigo. 

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