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Depressão na Adolescência: Nem Tudo é Drama!

A depressão na adolescência é um problema de saúde mental com potencial grave que pode provocar um constante sentimento de tristeza e uma perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas. É mais do que sentir tristeza por alguns dias, é um sentimento intenso de tristeza, desesperança e raiva ou frustração que dura muito tempo. Esses sentimentos dificultam que o adolescente tenha uma vida normal e realize suas atividades habituais. 

É completamente normal que adolescentes tenham mudanças de humor e pode ser difícil dizer a diferença entre as alterações comuns dessa fase e a depressão na adolescência. Converse com seu(sua) filho(a), tente determinar se ele(a) é capaz de lidar com sentimentos difíceis ou se a vida parece oprimir ele(a).

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Sintomas da depressão na adolescência 

Embora o quadro possa surgir em qualquer fase da vida, a doença pode aparecer com sintomas diferentes em adultos e adolescentes, no jovem pode acabar afetando a forma com que ele pensa, sente ou mesmo se comporta, e desenvolver a ponto de causar problemas emocionais, funcionais e até físicos 

Os sintomas incluem mudanças de atitudes e comportamentos anteriores, levando à angústia e dificuldades na escola, em casa e em atividades sociais. As mudanças emocionais podem incluir: 

  • Sentimentos de tristeza, que podem incluir crises de choro sem motivo aparente;
  • Frustração ou sentimento de raiva, mesmo por questões menores;
  • Sentimentos de desesperança ou vazio;
  • Humor irritado ou perturbado;
  • Perda de interesse ou prazer nas atividades diárias;
  • Perda de interesse ou conflito com família e amigos; 
  • Autoestima baixa; 
  • Sentimentos de baixa autoestima ou culpa; 
  • Fixação em falhas passadas ou excessiva autocensura ou autocrítica; 
  • Sensibilidade extrema à rejeição ou falha e necessidade excessiva de aprovação; 
  • Dificuldade em pensar, concentrar-se, tomar decisões e lembrar-se de coisas; 
  • Sentimento contínuo de que a vida e o futuro são sombrios; 
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. 

 

Já nas mudanças de comportamento, é possível perceber: 

 

  • Cansaço e perda de energia; 
  • Insônia ou muitas horas de sono; 
  • Mudanças no apetite: diminuição do apetite e perda de peso, ou aumento da vontade de comer e ganho de peso; 
  • Consumo de álcool ou drogas; 
  • Agitação ou inquietação – por exemplo, andar de um lado para o outro, torcer as mãos ou ser incapaz de ficar parado; 
  • Diminuição do estado de alerta mental, velocidade da fala ou movimentos corporais; 
  • Reclamações frequentes sobre dores de cabeça inexplicáveis, que podem incluir visitas frequentes à enfermaria da escola; 
  • Isolamento social; 
  • Baixo desempenho escolar ou faltas frequentes da escola; 
  • Menos atenção à higiene pessoal ou aparência; 
  • Explosões de raiva, comportamento perturbador ou arriscado ou outro mau comportamento; 
  • Automutilação – por exemplo, cortes, queimaduras, socos em si ou na parede; 
  • Plano suicida ou tentativa de suicídio. 

 

Possíveis gatilhos da depressão na adolescência 

Para os jovens adolescentes, as emoções estão à flor da pele e um pequeno problema pode se tornar algo muito maior no aspecto emocional. Por exemplo, a pressão dos colegas, a necessidade de estar em algum grupo, a crescente concorrência e o aumento das expectativas acadêmicas e, principalmente, as mudanças corporais, são os principais fatores que causam os altos e baixos no psicológico dos adolescentes. 

Contudo, é válido lembrar que para alguns jovens, estar deprimido pode ser muito mais do que só um sentimento passageiro. 

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Quando procurar ajuda? 

Se os sinais persistirem e começarem a interferir na vida do jovem, ou se você estiver preocupado com mudanças de comportamento e com a segurança dele, fale com um profissional de saúde mental com formação. Um bom começo seria consultar o médico de família ou o pediatra do seu filho, eles podem oferecer uma referência do comportamento normal tanto para a idade quanto para seu filho em específico, já que o conhecem há algum tempo, também pode ser útil falar com alguém da escola, já que convivem com ele em outro contexto. 

Os sintomas de depressão podem não melhorar sozinhos e acabarem desembocando em outros problemas, caso não sejam tratados. Adolescentes deprimidos podem correr risco de suicídio, mesmo que os sinais e sintomas não pareçam graves. Lembre-se que nessa fase, tudo parece mais intenso para eles. 

Se você for um adolescente e acha que pode estar deprimido, ou se tem um amigo que pode estar deprimido, não espere para procurar ajuda. Converse com um profissional de saúde como seu médico ou procure alguém da escola que possa te ajudar. Compartilhe suas preocupações com seus pais, um amigo próximo, ou alguém que confie, como um professor. 

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Tratamento 

Para a maioria dos adolescentes, o quadro pode ser tratado com psicoterapias, como a psicanalítica, que pode ajudá-lo a compreender e controlar seu humor e seus sentimentos, a depender do caso um psiquiatra pode se fazer necessário. 

Expressar as emoções para alguém que o entenda e apoie, é de grande importância para os jovens, pois o acolhimento já inicia um processo de retomada de perspectivas a respeito da vida e dos outros. Isso o ajudará a aumentar sua confiança e a se sentir melhor consigo mesmo. 

A depressão na adolescência não é uma fraqueza, drama ou algo que se supere apenas com força de vontade, a depressão na adolescência pode ter consequências graves e acompanhar e conversar com nossos adolescentes sem dúvida é o melhor caminho para prevenir isso.

 

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