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Depressão Crônica : Transtorno Depressivo Persistente por Anos

A depressão é a quarta doença mais comum no mundo, possui um difícil tratamento e é caracterizada por uma alta propensão ao reaparecimento. De acordo com os prognósticos da OMS, em torno de 350 milhões de pessoas apresentaram, até 2020, sofrimento pela depressão. E, dentro do mesmo prazo, 90 milhões tiveram uma desordem pelo abuso ou dependência de substâncias químicas. Doenças neurológicas, como a epilepsia, afetaram cera de 50 milhões de pessoas.

Dentre as variações da doença temos a depressão crônica, um distúrbio psicológico altamente prejudicial, classificado pelo Ministério da Saúde e pelo INPES por meio de um período depressivo que se estende por vários anos, relatados pela maior parte dos pacientes com depressão crônica que também apontam se sentir assim desde a infância. No geral, especialistas estimam que entre 25-30% de toda depressão unipolar (caracterizada pelos sintomas depressivos mais conhecidos) pode ser classificada como crônica.

Dizemos que uma depressão se torna “crônica” quando os sintomas da depressão se instalam e permanecem por dois anos ininterruptos (slides): além de possuir o humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, o paciente deve ter ao menos dois dos seguintes sintomas: diminuição da autoestima; fatigabilidade aumentada; insônia ou hipersonia; apetite diminuído ou aumentado; dificuldade em tomar decisões ou sentimentos de desesperança.

Como a depressão se transforma em depressão crônica?

O primeiro episódio depressivo costuma ser associado a uma causa claramente identificável como estresse intenso ou luto. A passagem para a cronicidade é marcada pelo distanciamento da depressão desses fatores desencadeantes, como se os episódios depressivos iniciais criassem uma espécie de fragilidade que facilita a transição para o nível crônico.

As pesquisas clínicas segurem uma série de fatores que podem favorecer a mudança para a cronicidade. A idade precoce dos primeiros episódios depressivos parece estar relacionada, quanto mais cedo ocorrer a primeira depressão, maiores seriam os riscos de recorrência.

Sintomas

Pacientes com depressão crônica costumam relatar negligências e abusos emocionais, mas também abusos físicos e negligência na infância. Uma consequência comum é o retraimento social e, por conta desse impacto nas experiências de socialização e com a aprendizagem desfavorável ​​e traumatizante, a percepção é dissociada do ambiente, o que dificulta as experiências de aprendizagem corretivas positivas.

Portanto, para as pessoas cronicamente deprimidas, as experiências difíceis de relacionamento se repetem continuamente, por meio de uma ineficácia interpessoal crônica e o desamparo resistente, a depressão crônica tende a resistência à terapia.

Os sintomas da depressão crônica não diferem em comparação aos casos puramente episódicos, mudando apenas que os sintomas duram por mais de dois anos:

  • uma expressão repetida de desamparo e miséria;
  • um comportamento submisso e oprimido ou hostil e depreciativo;
  • uma desconfiança perceptível nas relações interpessoais;
  • uma crença quase inabalável de que nada pode ser feito para controlar a depressão;
  • padrões de comportamento rígidos e solidificados que parecem não ser influenciados nem por eventos positivos nem por eventos negativos;
  • Um clima sombrio que nada parece ser capaz de melhorar;
  • Falta de motivação para as ações cotidianas (apatia), a pessoa deixa de sentir prazer em praticar atividades que antes lhe davam prazer (esporte, atividade criativa, música, etc);
  • Desaceleração psicomotora (pensamentos e ações parecem mais lentos);
  • Dificuldade de concentração;
  • Um cansaço quase permanente;
  • Perda de apetite;
  • Irritabilidade;
  • Um discurso autodepreciativo (“Não valho nada, não vou conseguir”);
  • Alguns distúrbios do sono (insônia, dificuldade em adormecer).

Quando é necessário procurar ajuda?

O perigo da depressão crônica é que, embora a pessoa sinta que possa lidar com ela, na realidade ela corre o risco de desabar no primeiro evento difícil que enfrentar como luto, divórcio, separação, perda de emprego, discussão, entre inúmeros outros. É neste momento difícil que a depressão reaparece, quase sempre de forma inesperada. Existe um risco real da pessoa optar por cometer suicídio.

Quanto mais enraizada a depressão for, ou quanto mais tempo ela aparece de forma latente, mais difícil fica para administrá-la e tratá-la. Então, você deve estar atento aos primeiros sinais de depressão, é preciso marcar uma consulta com um psicólogo. Pois, quanto mais precoce for o tratamento, mais rápido e eficaz ele será.

Concretamente se já não tem apetite, se chora muito, se sofre de distúrbios do sono, se tem a sensação de que os seus relacionamentos (românticos, amigáveis, profissionais …) não lhe trazem nada, ou seja, se houveram mudanças significativas no seu modo de ser e se relacionar com os demais há mais de  2 semanas, marque uma consulta o quanto antes!

O tratamento

Após a análise realizada por uma equipe multidisciplinar o psicólogo irá elaborar um plano de psicoterapia, para auxiliar o paciente a compreender as origens e modos de manutenção da depressão, e o psiquiatra elabora um plano medicação de acordo com o quadro do paciente.

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