depressao-psicotica

Depressão Psicótica: Uma Realidade Desconhecida

A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais conhecidas e debatidas nos dias de hoje, dentre os sintomas mais conhecidos vemos o desânimo, o pessimismo e uma forte tristeza. Mas existe uma variação da doença, a chamada depressão psicótica, na qual as pessoas não demonstram apenas sintomas depressivos.

De acordo com o DATASUS (Departamento de Informática do SUS), esse tipo de depressão é definida como “ocorrência repetida de episódios depressivos, sendo o episódio atual grave, com sintomas psicóticos na ausência de qualquer antecedente de mania”.

 

Quais os sintomas da depressão psicótica?

 

Essa variação é uma forma agravada da depressão que manifesta sintomas depressivos acompanhados de sintomas psicóticos como delírios e alucinações. Pacientes que sofrem com essa doença podem apresentar ideias irrealistas de empobrecimento, culpa ou pecado, delírios niilistas (negação de coisas positivas), hipocondria, ouvir vozes ou enxergar pessoas que não existem, além de acreditarem que estão sendo ameaçadas e perseguidas, sendo muito difícil convencê-las do contrário. A experiência delirante costuma se caracterizar por falta de referências à realidade e o fato de não ser possível corrigi-la.

 
Dentre os sintomas comuns do quadro, temos:


  • Tristeza profunda;
  • Humor deprimido;
  • Falta de interesse;
  • Baixos níveis de energia;
  • Dificuldade de concentração;
  • Insônia;
  • Alterações no apetite ou peso;
  • Pensamentos de morte ou suicídio;
  • Agitação;
  • Delírios e alucinações;
  • Percepções equivocadas, frequentemente persecutórias

 

Como essa doença é diagnosticada?

 

Antes de procurar um especialista, é importante lembrar que tristeza não é depressão. Para que um episódio seja considerado depressivo, é preciso apresentar pelo menos cinco dos sintomas citados, de forma persistente, por duas semanas, no mínimo.

O diagnóstico da depressão psicótica é realizado por um médico que irá levantar o histórico de saúde do indivíduo para poder compreender o que pode ter motivado o quadro. Para classificar a doença, é importante notar os indícios de tristeza profunda com sinais de alucinações e delírios.

 

Como é o tratamento?

 

Apesar dos quadros depressivos não terem uma cura e não podermos falar sobre recuperação total como certeza, é possível controlar os sintomas para que o paciente siga sua vida de forma plena e saudável. O tratamento especializado imediato é essencial para tratar a depressão psicótica, pois uma vida delirante de culpa acaba resultando em um maciço sofrimento associado a um risco elevado de atos suicidas.

Os cuidados imediatos e a estabilização são realizados, na maioria dos casos, com medicamentos antidepressivos e antipsicóticos que ajudam a controlar os distúrbios biológicos no organismo. No caso da depressão psicótica, a capacidade do indivíduo de ter pensamentos racionais costuma ficar muito reduzida, a ponto de os familiares precisarem ajudar na busca de terapias que protejam o paciente. Justamente pela gravidade e risco da doença, o tratamento inicial é feito normalmente em Hospitais nos quais o sujeito fica internado, tanto para melhor acompanhamento do caso, quanto para a própria segurança.

Por se tratar de um transtorno mental, o acompanhamento é essencial e o trabalho com um especialista é fundamental para identificar as raízes dos problemas do paciente para evitar agravamentos no futuro.

 

Algumas opções de terapia

 

No início do tratamento:

  • Exames internos e psicossomáticos e tratamento por especialistas;
  • Contatos de enfermagem, psicologia e terapia ocupacional várias vezes ao dia;
  • Visitas médicas diárias dependendo da gravidade;
  • Apoio de enfermagem para recuperar a estrutura e autonomia cotidianas;
  • Unidades psicoterapêuticas curtas com enfoque de apoio e psicoeducacional;
  • Terapia corporal em um ambiente terapêutico individual.

 

Para estabilização:

  • Psicoterapia intensiva, individual e específica para transtorno em ambientes individuais (2 a 4 vezes por semana) e em grupo (4 a 8 vezes por semana);
  • Métodos de relaxamento, como relaxamento muscular progressivo de Jacobson e imaginação guiada, terapia corporal de respiração e ioga;
  • Acupuntura;
  • Treinamento de atenção plena e treinamento de atenção plena na natureza;
  • Terapia corporal em um ambiente de terapia de grupo
  • Terapia criativa e arte;
  • Musicoterapia;
  • Conversa com parentes e aconselhamento sistêmico.

 

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Acompanhe as redes sociais:

Você pode se interessar em ler:

Entender e aceitar a realidade é o primeiro passo da mudança. posso te ajudar a fazer isso